domingo, 15 de agosto de 2010


“Somos assim. Sonhamos o vôo, mas tememos as alturas. Para voar é preciso amar o vazio. Porque o vôo só acontece se houver o vazio. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Os homens querem voar, mas temem o vazio. Não podem viver sem certezas. Por isso trocam o vôo por gaiolas.
As gaiolas são o lugar onde as certezas moram."

Rubem Alves

quinta-feira, 5 de agosto de 2010


"Renunciar a algo que amamos muito e que desejamos com toda a força do coração é uma das decisões mais cruéis de se tomar que conheço. Porque a perda equivale a uma morte dupla: morrer para alguém e matar a pessoa na gente. É como se sobrasse por dentro apenas um casarão vazio com um jardim morto. E, de repente, tudo tão subitamente anoitecido sem previsões de dia novo. É um caminhar lento e arrastado numa espera sombria de que as horas passem e o tempo leve essa febre alta sem medicação possível. É preciso que haja tanta paciência e firmeza por dentro pra não entrar em desespero, que a sensação que se tem é de estar meio fora do ar, com tanto esforço. E até chorar fica difícil, teme-se que nunca mais o choro cesse.
Há muitas perdas quando se termina algo que não se queria ter terminado: muda-se a auto-imagem, alegrias ficam suspensas, sonhos desaparecem por um tempo e nenhuma cor na paisagem. O cotidiano fica obscurecido por aquela lacuna aberta no meio do que era a parte mais interessante dos dias.
Com o tempo, você analisa que abrir mão de algo muito importante, só se faz quando se tem um motivo maior que esse algo: seja um propósito, uma crença, um valor íntimo, uma obstinação qualquer que te oriente para essa escolha que já se sabia tão dolorosa. É um sacrifico voluntário por algo mais pleno, mais grandioso em Beleza. E, nestas análises, você descobre outras perdas que são positivas: perde-se também a ansiedade, a insegurança e a ilusão. E você aprende a recomeçar agradecendo por vitórias tão pequenininhas...
Como quando é noite e antes de dormir você se enche de gratidão:
“Deus, obrigada, porque é noite e eu tenho o sono... Que venha um sonho novo, então.”

Marla de Queiroz

quinta-feira, 22 de julho de 2010


''Loucos são os malucos que pensam que nós doidos somos pirados''

Bob Marley

segunda-feira, 19 de julho de 2010


"Irreconhecível
Me procuro lenta
Nos teus escuros.
Como te chamas, breu?
Tempo."

Hilda Hilst

“Desejava que os olhos se extinguissem para que eu pudesse ter oportunidade de conhecer meu próprio corpo, meus próprios desejos. (...) Desejava ardentemente alguma coisa desta terra que não trouxesse a marca de fábrica do homem, algo absolutamente divorciado do humano de que eu já estava farto. (...) Desejava sentir o sangue refluindo em minhas veias, mesmo à custa de aniquilação”.

Henry Miller - Trópico de Câncer

"Eu conheço o medo de ir embora
Não saber o que fazer com a mão
Gritar pro mundo e saber
Que o mundo não presta atenção
Eu conheço o medo de ir embora
Embora não pareça, a dor vai passar
Lembra se puder
Se não der, esqueça
De algum jeito vai passar
O sol já nasceu na estrada nova
E mesmo que eu impeça, ele vai brilhar...
Lambra se puder
Se não der, esqueça
De algum jeito vai passar..."

Osvaldo Montenegro
PS. Com a licença dos meus amados, Vê e Arthur,
essa postagem é para Sil,
LUZ!!! Te amoooo

domingo, 18 de julho de 2010



"Para eu ficar, só precisava do teu toque-agasalho.
Você me deu um punhado de frio."

Marla de Queiroz

sábado, 17 de julho de 2010


"Meu caminho é feito de uma alma com pés valentes,
mesmo quando cansados arriscam mais um passo.
É essa valentia que me trouxe até aqui."

Ana Jácomo

"Eu Passeio por tua estrada quando você não está porque não quero mais vê- lo ou tocá - lo. Eu passeio por tua casa quando você não está, mas não vasculho tuas gavetas, teus segredos, a intimidade repousada no silêncio dos teus bolsos, dos armários : contemplo os móveis, os livros, os discos e tudo o que está exposto__só quero a experiência . Eu passeio por tuas coisas quando você não está , para aprender com tua casa , tua estrada e o teu mundo a suportar a Tua Ausência ".

Marla de Queiroz



quinta-feira, 15 de julho de 2010


" Estou cada vez mais bossa-nova,
espiritualmente sentada num banquinho,
com o violão no colo.
Deus, como eu quero paz."
CaioFAbreu